Djalioh Programação
Texto Premiação“ Montador de filmes sintomáticos como A Idade da Terra, de Glauber Rocha, Triste Trópico, de Arthur Omar, e Crônica de um Industrial, de Luiz Rosemberg Filho, entre vários outros, Ricardo Miranda é parte significativa de um "cinema de invenção". Seu trabalho como realizador, menos conhecido do que deveria, ainda merece ser melhor avaliado. Nesse sentido, DJALIOH talvez seja o seu trabalho mais radical. Se Miranda é mais conhecido através da montagem de filmes delirantes e elÃpticos, o sinuoso Djalioh é um filme muito mais de encenação do que de montagem, mostrando a versatilidade do diretor.
Essa adaptação sensual de um conto de um jovem Flaubert seduz por seu tom misterioso, pelo absoluto rigor da mise-en-scène e por suas influências straubianas. Ainda assim, uma sensualidade imanente anuncia a iminência de uma tragédia. Entre o lÃrico e o mórbido, entre a razão e o instinto, entre o explÃcito e o implÃcito, entre a literatura e o cinema, Djalioh é um filme de falsas aparências, misterioso e soturno, contando ainda com o expressivo trabalho dos atores Otávio III, Bárbara Vida e Mariana Fausto. Sem contar com recursos públicos, com baixÃssimo orçamento, num trabalho cooperativo entre os membros da equipe, o rigor de Djalioh quebra supostos cacoetesdo cinema independente, comprovando que invenção não é uma questão de idade e sim de coragem. Por Marcelo Ikeda ”
Djalioh é um ser estranho. Nascido no Brasil vai para França aos 16 anos e apresenta-se de maneira não convencional, revelando-se o idiota da famÃlia. Incompreendido pela sociedade, sofre por amar Adèle, que está de casamento marcado com o primo Paul, Pai de criação de Djalioh. Em Flaubert, Djalioh acaba por matar e morrer em frustrado processo de compreensão da sociedade européia. Sem poder falar, desejar e agir socialmente este herói romântico vai se transformar na indignidade social dos homens. O filme é uma adaptação livre do conto QuidQuid Volueris, estudos psicológicos, de Gustave Flaubert, escrito em 1837, ano em que Flaubert tinha 16 anos. Diretor: Ricardo Miranda Duração: 76min UF/Ano: RJ/2011 Formato Captação: HDV Formato Exibição: DVD Roteiro: Ricardo Miranda, Barbara Vida, Mariana Fausto, Clarissa Ramalho e Octavio III. Produção Executiva: Ricardo Miranda, Barbara Vida e Beth Formaggini Direção de Produção: Barbara Vida, Beth Formaggini e Lili de Paula. Fotografia: Antonio Luiz Mendes Câmera: Antonio Luiz Mendes Arte: Luisa Tavares Som: Victor Quintanilha Edição: Pedro Bento ; Ricardo Miranda Outros: colaboração afetiva na montagem JOANA COLLIER, edição de som CARLOS COX, música original FLAVIA VENTURA TYGEL, Ragas ALBERTO MARSICANO, consultoria filosófica Mathià s Gibert Elenco: com: BARBARA VIDA, MARIANA FAUSTO, OCTÃVIO III. atores convidados: HELENA IGNEZ, TONICO PEREIRA participação especial: CÃTIA COSTA Contato: Ricardo Miranda - ricar.m@terra.com.br Classificação Indicativa: 16 anos |
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