MFL 2013

CCBB

Banco do Brasil e Ministério da Cultura apresentam a Mostra do Filme Livre, evento que chega à 12a edição consolidado como uma das mostras pioneiras na exibição e na discussão de novas possibili ades estéticas para o audiovisual. 

Nos últimos anos, mostras e festivais de cinema  têm oferecido espaço a uma cena plural, espalhada em todas as regiões do país. Um cenário que resulta do acesso maior aos equipamentos digitais e da democratização dos modos de produção/
difusão da sétima arte no Brasil. 

Em 2013, a Mostra do Filme Livre exibe mais de 200 títulos, entre curtas, médias e longas- metragens, além das sessões especiais e a homenagem ao cineasta Carlos Alberto Prates Correia. E, pelo segundo ano consecutivo, o evento será realizado em Brasília, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no circuito de cineclubes.

Desde a sua primeira realização, o Centro Cultural Banco do Brasil recebe a Mostra do Filme Livre e oferece ao público uma oportunidade de ter contato com a inventividade e o vigor da atual produção contemporânea brasileira. Um estímulo para novos realizadores e para a formação de novos públicos para o cinema nacional. 

Centro Cultural Banco do Brasil

 

Em busca de mais e melhores espaços! 

Câmeras mil, ideias aos milhares... 

Mais uma vez a MFL se apresenta a fim de chamar a atenção para questões de variados cunhos do estético ao comercial, do narrativo ao político.  Por isso, ela nasceu e segue viva enquanto mostra de filmes soltos, escolhidos por uma atentacuradoria que assiste a todos os trabalhos inscritos- foram 742 em 2013! - e discute sobre eles. Os curadores também têm a tarefa de destacar algumas obras com o troféu Filme Livre. Nesta edição, foram premiados sete curtas e um longa.

Desde o surgimento das MiniDVs e dos HDs, a graça vem sendo não ter, mas usar - e, em alguns casos, ser - várias câmeras. Elas aparecem não apenas nas mãos, mas por todo o corpo e/ou fora dele. Na cabeça, em vez de uma, várias ideias, deixando de lado o pensamento solitário e valorizando o que é plural. 

Para o cinema de hoje, é fundamental ampliar a gama de telas pequenas e grandes, dando oportunidade a produções que queiram fugir do lugar-comum e lutar contra o  mercado de entretenimento que, muitas vezes, valoriza o banal e omedíocre, pensando somente no lucro e contribuindo para a alienação popular, que tanto mal faz ao mundo. Por isso, é importante dar destaque aos filmes livres e garantir que tenham espaço maior e melhor, seja onde for. 

Mas, já que falar não tem dado resultado nesse sentido, o jeito é gritar, seja usando a voz ou por meio de textos como este. Atualmente, o maisincrível e instigante do nosso audiovisua , que reúne curtas, médias e longas feitos por gente de todo o Brasil, não cabe nem quer estar nos cinemas de shopping ou canais de televisão que poucos veem ou sabem que existem. É preciso muito mais, a fim de melhorar a situação de quem vive de fazer ou exibir filmes brasileiros. 

Como o escoamento via festivais não é suficiente para a exibição desse crescente e tão variado conteúdo, a internet tem sido o caminho inevitável para facilitar a comunicação de todos e permitir a conquista de lugares físicos que proporcionem, tanto em quantidade quanto em qualidade, espaços para o encontro e a celebração da vida audiovisual. Que essa rede não seja paliativa, mas durável e regular. 

Seguindo essa linha de pensamento, a MFL tem sido um relevante espaço para tais questões reverberarem Brasil adentro. Prova disso é a quantidade de filmes inscritos e selecionados, vindos dos mais variados lugares, como você poderá conferir nas próximas páginas. 

Guilherme Whitaker
Mostrando Filmes Livres

 

 







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