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Em Sampa, o in�dito longa ESTADO de S�TIO

A MFL esta chegando na reta final exibindo dúzias de filmes brasileiros, a maioria feita sem apoio estatal direto!

Em São Paulo o cinema do CCBB vai destacar:

Sábado às 18h os curtas:

* "Contagem" De Gabriel Martins e Maurílio Martins - MG
* "Balanços e Milkshakes" De Erick Ricco e Fernando Mendes - MG
http://www.mostralivre.com/ * "98001075056" De Felipe Pereira Barros - SP
* "Princesa" De Rafaela Diógenes - CE
* "Cante Um Funk Para Um Filme" De Emílio Domingos e Marcus Faustini - RJ

E às 19h45, o longa inédito:

"Estado de Sítio", de André Novais Oliveira,Gabriel Martins,Flávio C. von Sperling,João Toledo,Leonardo Amaral,Leo Pyrata,Maurílio Martins,Samuel Marotta.

Texto da curadoria da MFL 2011.

“ Em 2010, um OVNI tomou de assalto o circuito dos festivais brasileiros, ganhando uma inesperada recepção: o cearense Estrada Para Ythaca. Esse filme apontou para a viabilidade de um novo processo de produção: um filme de ficção realizado de forma coletiva por quatro autores, organizando-se em todas as funções de realização, sem hierarquia previamente definida, feito “na raça”, sem nenhum recurso público. Para além desse modo de produção, Ythaca acabou sendo visto sobretudo como uma espécie de um manifesto de uma geração, uma terna odisséia em culto à amizade, em ver o cinema essencialmente como vocação, e não como profissão. Esse espírito parece ter contagiado um grupo de autoes curiosos de Belo Horizonte, que já vinham percorrendo os festivais no Brasil primeiro como críticos, escrevendo para o site da Filmes Polvo, e depois como realizadores, fazendo curtas inventivos, com grana própria. De um lado, Estado de Sítio dá continuidade a um caminho desse grupo (em torno da crítica da Filmes Polvo, e de duas produtoras informais, a Filmes de Plástico e a Sorvete Filmes). De outro, pode ser entendido como uma espécie de busca por novos rumos do cinema mineiro, contrapondo-se ao cinema de grande rigor visual e de refinamento plástico, sintetizado nos filmes da Teia. Em geral, são filmes radicais, descontínuos, ingênuos, com uma ironia cáustica, um certo escrache. Todos esses elementos estão nesse primeiro longa de oito diretores. É como se enquanto Ythaca é um road movie pelo interior do Ceará na busca dos rastros de um amigo morto, Estado de Sítio na verdade fosse um road movie dentro de uma colônia de férias em busca de nada mais que um passatempo. A ingenuidade e a superficialidade desse encontro expressam, de forma bastante clara, a beleza e as limitações do processo desse grupo. É como se Estado de Sítio avançasse por um flanco que Ythaca abriu mas que o filme posterior do coletivo cearense, Os Monstros, mostrou que na verdade não era exatamente esse. De qualquer modo, o encanto de Estado de Sítio é a possibilidade de estar juntos: um filme sobre a leveza da aventura de con-viver. Além disso, Estado de Sítio é um filme de juventude: não só sobre jovens mas essencialmente uma forma jovem de encenar. Esse tom inconsequente e debochado é no entanto retratado através de uma mise-en-scène sóbria, com planos longos, vários deles com uma câmera parada que explora a profundidade de campo, mostrando a movimentação dos diversos atores-autores ao longo do quadro como se fosse um imenso tableaux. Refinamento de uma encenação que aponta pouco para si mas que deixa transbordar esse esfuziante sentimento de uma alegria pouco presente no cinema contemporâneo brasileiro. Elegância no meio da fuleragem. (Marcelo Ikeda) ”

 









Mostra do Filme Livre 2011
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