Longa premiado DJALIOH foi exibido para o belo p�blico que encheu o Cinema 1 do CCBB RJ

Sessão Curta + Longa
No dia 08-03-2012 às 20:00h (Quinta-feira) no Cinema 1 / RJ
Duração: 95 minutos

Filmes:
"Encontro com São João da Cruz" De Daniel Ribeiro Duarte - MG
"Djalioh" De Ricardo Miranda - RJ

 

Eis os 2 longas premiados em 2012 e seus respectivos textos inéditos, escritos pelos curadores da MFL.

DJALIOH, de Ricardo Miranda

Montador de filmes sintomáticos como A Idade da Terra, de Glauber Rocha, Triste Trópico, de Arthur Omar, e Crônica de um Industrial, de Luiz Rosemberg Filho, entre vários outros, Ricardo Miranda é parte significativa de um “cinema de invenção”. Seu trabalho como realizador, menos conhecido do que deveria, ainda merece ser melhor avaliado. Nesse sentido, DJALIOH talvez seja o seu trabalho mais radical. Se Miranda é mais conhecido através da montagem de filmes delirantes e elípticos,
o sinuoso Djalioh é um filme muito mais de encenação do que de montagem, mostrando a versatilidade do diretor.

Essa adaptação sensual de um conto de um jovem Flaubert seduz por seu tom misterioso, pelo absoluto rigor da mise-en-scène e por suas influências straubianas. Ainda assim, uma sensualidade imanente anuncia a iminência de uma tragédia. Entre o lírico e o mórbido, entre a razão e o instinto, entre o explícito e o implícito, entre a literatura e o cinema, Djalioh é um filme de falsas aparências, misterioso e soturno, contando ainda com o expressivo trabalho dos atores Otávio III, Bárbara Vida e Mariana Fausto. Sem contar com recursos públicos, com baixíssimo orçamento, num trabalho cooperativo entre os membros da equipe, o rigor de Djalioh quebra supostos cacoetesdo cinema independente, comprovando que invenção não é uma questão de idade e sim de coragem.    Por Marcelo Ikeda

 

STROVENGAH, de André Sampaio, Rio de Janeiro, RJ

Baseado num argumento de Luiz Paulino dos Santos, o novo filme de André Sampaio (um dos diretores de Conceição - Autor Bom é Autor Morto, primeiro longa-metragem do curso de cinema da UFF), mergulha no universo delirante de Pedro, personagem umbigocêntrico e misterioso (ex-publicitário) que vive isolado numa casa  decadente, no meio do mato, entre contatos com seres imaginários e bonecos personagens (manequins) que exercem uma estranha influência sobre seu comportamento. É um rigoroso “short cuts” de suspense psicológico e invenção, em meio ao saara de produções trash, que felizmente ou infelizmente nunca saiu de moda em nossos mercados (alternativos ou não). Strovengah reflete sobre o ato solitário da criação e a dialética da liberdade da imaginação versus dogmas (religiosos, sociais e culturais), que aprisionam. Produzido sem patrocínio, com investimento direto e muita boa fé do nosso novo A.P. Galante do cinema independente brasileiro - Cavi Borges, Strovengah é uma aposta numa possibilidade de filme de gênero com rigor e marca autoral.    Por Chico Serra

 

Confira os locais e datas que os filmes passarão no Rio, São Paulo e Brasília AQUI.

 

 







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