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Ela
SELECIONADO

Sinopse: "QUERIA QUE VOCÃ OLHASSE PARA ESSA FOTO, OLHASSE BEM E FALASSE SOBRE ELA. O QUE VEM NA SUA CABEÃA QUANDO VOCÃ VÃ ESSA MULHER?"


Comentário da Curadoria
Por Cid Nader O que pode estar contido no sentido da imagem que nos é entregue pelo olhar direcionador de um diretor de cinema e suas lentes manipuladoras? Essa talvez seja a questão mais pertinente no que refere a qualquer arte de imagens, mas que cabe de forma bastante mais pertinente na do cinema, quando tudo pode ser iludível, manipulável, entregando a quem as compõe um poder que talvez possa ser tido como o de algum modelo de deus (criador e condutor dos desígnios de outras de suas figuras). Nivaldo Vasconcelos nos oferece a figura da mulher em ato, no início, de um tempo presente, que passa num instante muito veloz e fugaz a vez de sua presença em tela para a contemplação (dela e nossa) de uma foto em PB, que abriga uma outra mulher, e que merecerá considerações parecendo brotadas do acaso, do improviso (mas estamos no cinema, que pode “fingir” ao olhar e pode “fingir” a outros sentidos). Diretor e filme se comportam de maneira aparentemente distante, calculista e fria ao emprestar essa imagem e áudio sem nenhum sinal mais “impactante” de envolvimento a mais do que o da técnica empregada: câmera fixa, que observa impassível enquanto permite (ou obriga) ao que é falado em paralelo a obrigação/graça de tentar algum tipo de encadeamento, de levada à compreensão das razões de tais atos imóveis (mas de olhar observador), de explicação e organização. Mas,como dito, essa uma das artes das imagens pode surpreender por indução ou por algum tipo de ação inesperada, sabedora do seu poder e impacto quando bem tratada e planejada: e num dado momento algo muda, algo modifica nossos sentidos, retirando da obrigação do falado o peso das explicações, impondo calor ao que poderia ser frio ato de olhar/observar, de maneira tão leve quanto modificadora... E nos vemos novamente diante do cinema, disso que seduz, mas que necessita da compreensão de quem o exercita a rara capacidade de saber-se pleno com seu poder-deus para nos deixar mais plenos por tal condução/ilusão. Num filme de aparentes poucos atos Nivaldo emprega técnicas que são as que mais podem iludir e dirigir, e constrói um exemplo do poder que o curta-metragem tem nessa oferta de pouco tempo para sua existência em tela, e para nos seduzir/dominar. Além de resultar emocionante. Fonte: CINEQUANON, http://www.cinequanon.art.br/

PROGRAMAÇÃO

Direção: Nivaldo Vasconcelos
Duração: 8min
UF/Ano: AL/2014
Classificação Indicativa: Livre
Equipe: Nivaldo Vasconcelos - Roteiro, Direção, som direto e fotografiaMatheus Nobre - Edição
Elenco: Nadja Rocha e Márcia Vasconcelos
Contato: Nivaldo Soares de Vasconcelos Neto - nsvneto@gmail.com
   
   

(informações fornecidas pelos filmes no ato da inscrição online)





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