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Pequeno Objeto A
SELECIONADO
PREMIADO

Sinopse: Em algum lugar do passado uma bomba atômica explode e o mundo fica reduzido a cinzas. Shiro Ishio é um cientista que ajudou a desenvolver a bomba e agora tenta entender as suas consequências: uma estranha anomalia e uma misteriosa menina.

PROGRAMAÇÃO

Texto Premiação


A ciência e a virtude - Pequeno Objeto A Ainda bem que chegamos a um paradoxo. Agora, há esperança de conseguirmos algum podemos, não sem surpresa, observar sua perplexidade diante do horror provocado pela bomba e sua estranha sensação de prazer estético que a imagem evoca. A relativização parece fazer sentido, uma vez que a ciência moderna tem nos proporcionado tanto o horror, quanto esperança. Dividido em episódios, o filme por fim nos revela, no último deles, uma estranha anomalia surgida no epicentro da explosão, que se instala e se confunde numa menina que passa a ser estudada pelo cientista. No meu entender, a anomalia representa a sequela da bomba em nós. A menina a ser estudada é a própria humanidade. Ishio tem dúvidas e a observa tentando compreender as consequências do acontecimento brutal. A menina está cheia de eletrodos e Ishio em frente a aparelhos de medição, mas nada consegue concluir. Ainda há muito a analisar e refletir. É exatamente como nos encontramos, diante de um mundo brutalizado pela disputa de territórios, recursos naturais e hegemonia econômica, em plena era da revolução científica e tecnológica. Cabe a pergunta: é possível conciliar ciência e virtude? A resposta talvez se encontre exatamente no meio do paradoxo. Ricardo Mansur progresso Niels Bohr Uma produção modesta, com imagens de arquivo, uma encenação enigmática e uma narração over, são a base para uma reflexão ética. Pequeno Objeto A nos coloca a questão: é possível conciliar ciência e virtude? Uma pergunta difícil e pertinente. Em pleno século XXI ainda não sabemos respondê-la. Talvez, a maior virtude do filme seja perguntar ao invés de responder. Ao sublinhar o episódio da bomba atômica, Daniel Abib nos proporciona uma série de paradoxos que se materializam nas imagens em câmera lenta do gigantesco cogumelo atômico em contraponto com a música de Bach e Villa-Lobos, símbolos de beleza. O choque entre som e imagem é provocador e reflexivo. Nas palavras do diário do cientista Ishio, que sustenta a narrativa, podemos, não sem surpresa, observar sua perplexidade diante do horror provocado pela bomba e sua estranha sensação de prazer estético que a imagem evoca. A relativização parece fazer sentido, uma vez que a ciência moderna tem nos proporcionado tanto o horror, quanto esperança. Dividido em episódios, o filme por fim nos revela, no último deles, uma estranha anomalia surgida no epicentro da explosão, que se instala e se confunde numa menina que passa a ser estudada pelo cientista. No meu entender, a anomalia representa a sequela da bomba em nós. A menina a ser estudada é a própria humanidade. Ishio tem dúvidas e a observa tentando compreender as consequências do acontecimento brutal. A menina está cheia de eletrodos e Ishio em frente a aparelhos de medição, mas nada consegue concluir. Ainda há muito a analisar e refletir. É exatamente como nos encontramos, diante de um mundo brutalizado pela disputa de territórios, recursos naturais e hegemonia econômica, em plena era da revolução científica e tecnológica. Cabe a pergunta: é possível conciliar ciência e virtude? A resposta talvez se encontre exatamente no meio do paradoxo. Ricardo Mansur

Direção: Daniel Abib
Duração: 15min
UF/Ano: RJ/2014
Classificação Indicativa: 14 anos
Equipe: Direção - Daniel Abib Direção de Fotografia - Isadora Relvas Direção de Arte - Guilherme Latini
Elenco: Katsushi Makino Mika Makino
Contato: Daniel Soares Abib - danielsabib@gmail.com
   
   

(informações fornecidas pelos filmes no ato da inscrição online)





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