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O Clube
SELECIONADO

Sinopse: A turma Ok comemora 53 anos.


Comentário da Curadoria
Por Cid Nader É estranho notar como o diretor Allan Ribeiro se torna de forma evidente talvez nosso maior entendor do que é o cinema híbrido, uma bem-vinda e saudável variante nessa arte, por vezes segmentada e classificada de maneira extremamente estanque, extremamente rígida, sem o “jogo de cintura” que lhe deveria ser tão peculiar. É estranho iniciar um texto para falar dele, o Allan, usando o “é estranho”, pois para quem o acompanha praticamente desde o início de carreira e reparou com olhos um tantinho atentos os caminhos pelos quais sempre andou com seus filmes, sabe que, para além de ser diretor de absoluto rigor com o que deseja ver se transformado em filme, a partir das capturas das imagens e percorrendo o trajeto da edição, deveria ser muito fácil notar que boa parte de seus trabalhos já estabeleciam a quebra dura entre ficção e documentário, já pensando em evitar fronteiras visíveis ente o que poderia ser real ou não – até porque, o que pode realmente ser considerado real e “de verdade” a parti do instante em que uma câmera é ligada na cara de um sujeito? A pretexto de homenagear o aniversário de 53 anos do “Clube OK”, mais um curta do diretor evita estabelecer-se sobre os que seria cômodo documental – na retratação do fato, na apresentação das pessoas que constituem o grupo, no destrinchamento do local e dos clientes/frequentadores .. -, indo para além da ficção, também, numa mistura de situações que imprimem dinamismo e facilidade maior ainda de cooptação do espectador. Na realidade, sob dois pilares concretos de sustentação O Clube flui, para poder ser até entendido como uma pequena brincadeira, uma homenagem divertida às figuras que compõem o Grupo OK: um dos pilares está na observação das atividades no dia do aniversário (que já começa fora dali, durante uma missa; que desde lá já impõe a dúvida sobre o que pode ser real, ou se sim, sobre até onde o discurso do padre foi real; e se sim, se a parti de uma fala do sermão surgiu a ideia de ser criada a história paralela para conduzir tudo para além do factual), no movimento de preparação das pessoas antes das apresentações, das coisas do bar, na casa de um dos responsáveis em preparação enquanto pede conselhos para a mãe...; e o outro pilar, de maneira bastante sagaz, se estabelecendo na criação de trama, onde vingança e ódio podem perpassar pelas mentes das pessoas mais improváveis, indicando a possibilidade de reações que não seriam muito justas para com amigos e gente próxima (e, então, Allan, em pequenos esquetes em PB cosegue joias, pérolas, que acabam por representar ligas finas e muito bacanas entre os momentos). O que poderia parecer simples brincadeira do diretor – e até é mesmo, porque o filme tem baita viés de comédia -, somente comprova o quanto de qualidade ele tem. A raridade nos atos de Allan Ribeiro se dá por sacadas que parecem ser simples – sempre é assim -, mas que evidentemente originam de planejamento, execução e conhecimento de causa. Se num filme ele pode ser melancólico, no outro denunciador , e por aí vai, nesse outro ele se permite leve, e muito carinhoso com as pessoas que retratou: e o principal, já que é de cinema que falamos, com aquela velha e rara capacidade de quem sabe onde pisa e de quem sabe construir filmes. Fonte: CINEQUANON, http://www.cinequanon.art.br/

PROGRAMAÇÃO

  • Dia 12-03-2015 (Quinta-feira)
  •    18:00 - Curta Rio 2 (CCBB - Cinema I /RJ)   67
  • Dia 25-03-2015 (Quarta-feira)
  •    19:30 - Curta Rio 2 (CCBB - Cinema II /RJ)   15
Direção: Allan Ribeiro
Duração: 17min
UF/Ano: RJ/2014
Classificação Indicativa: Livre
Equipe: Direção: Allan Ribeiro; Roteiro: Douglas Soares e Allan Ribeiro; Direção de fotografia: Lucas Barbi; Primeiro assistente de fotografia: Antoin d'Artenare; Assistentes de câmera: Camila Freitas e Antoin d'Artenare; Direção de produção: Lucas Murari; Assistente de Direção: Douglas Soares e Giovani Barros;Produção de set: Assistente de produção: Marilia Lima; Montagem: Allan Ribeiro; Som direto: Thiago Yamachita; Direção de arte: Douglas Soares e Giovani Barros; Figurino: Douglas Soares; Cenografia: Douglas Soares e Zé Carlos; Edição de som: Luis Carmo; BoomSTILL: Ãquila Ribeiro; Trilha sonora original: Jeanne Moreau, Marlene e Glória lasso Produção executiva: Raquel Rocha Empresa produtora: 3 Moinhos Produções
Elenco: Elaine Parker, Sophya Monroe, Patrícia San Lorran
Contato: Allan Ribeiro - allancinema@gmail.com
   
   

(informações fornecidas pelos filmes no ato da inscrição online)





Mostra do Filme Livre 2015 | Desenvolvimento: Rivello/Menta