Além do indômito desejo de realizar as enormidades que o tentavam, nada mais era sagrado.
Direção: Karen Akerman, Miguel Seabra Lopes
Duração: 24
min
UF/Ano: RJ/2015
Classificação Indicativa: Livre
Equipe: Direção, Roteiro, Montagem: Karen Akerman, Miguel Seabra Lopes / Fotografia: Paulo Menezes / Som Ives Rosenfeld, Bernardo Uzeda, Ricardo Cutz / Elenco: Antonio Akerman Seabra, Karen Akerman, Miguel Seabra Lopes
Elenco: Antonio Akerman Seabra, Karen Akerman, Miguel Seabra Lopes
Contato: Karen Akerman - migkafilmes@gmail.com
Facebook: http://-
Website: http://cargocollective.com/migka/outubro-acabou
Texto Premiação
“ A performance do menino Antonio Akerman Seabra (Tontom), com apenas 4 anos, é uma das coisas mais preciosas de se ver em Outubro Acabou. Concebido por Antonio, Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes, que além de diretores e montadores assumem a função no fi lme e na vida real de mãe e pai do inventivo ator-mirim, Outubro Acabou me parece ser um dos mais criativos projetos contemplados pela Riofilme recentemente (o curta foi selecionado no edital de 2013).
Nas artes e manhas do metacinema de Tontom, a cinefilia de Karen & Miguel são contagiantes.
A forma que o menino absorve todas estas referências e as transfigura é de um entusiasmo raro de ver no cinema. Não se trata apenas de uma criança âbrincandoâ nos campos da arte cinematográfica, mas de uma narração sobre a trajetória das técnicas e estruturas possÃveis de se fazer cinema, especialmente o cinema alternativo, percorrendo formatos marginais como o super-8, 16mm e enfim o vÃdeo digital. O processo de realização do filme de Tontom percorre muitos dos obstáculos e descobertas do cinema como linguagem e, também, como âmatéria e
memóriaâ (as citações a Godard e Eisenstein são explÃcitas). A necessidade de se expressar
e a descoberta e percepção de Tontom da possibilidade do cinema como memória, e ao mesmo tempo como um desafio técnico e material a ser vencido, são parte deste tripé que sustenta a trama de Outubro Acabou, se é que podemos falar nestes termos. A sequência do menino gritando por diversas paisagens uma espécie de manha-manifesto: âquero fazer meu fillllmeeeeee!â, traduz com irreverência e brilho a façanha incomum realizada por este trio inesquecÃvel. Chico Serra ”