O que � MFL 2009 8ª. Mostra do Filme Livre Depois de meses de curadoria a MFL 2009 já tem seus protagonistas. São centenas de filmes que comporão a programação do evento, que acontecerá no CCBB-RJ e em outros pontos da cidade, de 7 a 26 de abril. Sobre filme, olhar e liberdade Sou calouro dentro da curadoria da MFL. Trabalho com as mesmas queridas pessoas há seis anos, mas anteriormente me detinha à produção dos panoramas e do seu processo de inscrições. Desde sempre, ao comentar sobre a existência da mostra, os ouvintes atentos têm o costume de imediatamente perguntar: “O que é um filme livre?”. No lugar de ter uma resposta pronta e que fecharia a questão, indico a estes que leiam os diversos textos espalhados pelos oito catálogos anteriores a este e que possuem idéias diversas sobre esta definição. Lembro de Marcel Duchamp e do dito “coeficiente artístico”, a necessidade da participação ativa (intelectual mesmo) daquele que aprecia uma obra de arte. O artista francês colocava-se contra a arte “meramente retiniana” e julgava essencial, por exemplo, a cultura artística do Renascimento e suas formas capazes de fazer com que um historiador da arte como Erwin Panofsky sugerisse formas específicas de análise (a iconologia) para seu montante de alegorias e significados possíveis. Àquilo que Panofsky constatou, ou seja, a necessidade de uma participação hiperativa por parte do público da época e dos estudiosos contemporâneos a nós durante a leitura destas imagens, igualmente dei valor positivo quando me deparava com obras que deixavam clara sua ausência de certezas seja em sua visualidade, seja em seus depoimentos, seja em seus personagens, seja mesmo, e principalmente, nas habituais mini-certezas de um espectador ou de um curador já cansado e com possíveis olhos e opiniões viciados. Se a liberdade fílmica não está na forma audiovisual, nada mais justo que minhas apreciações, as de Chico Serra, Christian Caselli e Guilherme Whitaker não sejam coincidentes, proporcionando este variado leque de opções artísticas, compromissos e resultados finais. Retornando ao começo de minha argumentação, em vez de dar qualquer tipo de resposta curta e simples (ou prolixa e pretensiosa) ao tópico “O que é um filme livre?”, parece-me mais justo convidar aquele que pergunta a vivenciar algumas sessões de nosso festival e incentivá-lo ao seu próprio responder. Como contrapartida, obviamente, o melhor que posso fazer é ouvir suas opiniões, da mesma forma como ele lê este texto, e dialogar. Construir em conjunto nossos conhecimentos, mesmo que estes apontem para lados de oposição extrema. Aprender a “viver juntos” (como uma Bienal de São Paulo já disse) e respeitar as diferenças. As imagens ali estão e, como o projeto gráfico deste ano indica, a atribuição de um significante e significado a estas está dentro de cada um. Talvez soe cafona e com toques de um humanismo difícil de ser imaginado (resgatado?) na sociedade e nas relações humanas que tecemos atualmente, mas para fruirmos “filmes livres” precisamos ter olhos igualmente livres. Você pode até duvidar do que vê, difícil é duvidar que esteja vendo Guilherme Whitaker http://www.mostralivre.com/Cada vez mais e mais o mundo se faz dependente de novas tecnologias em vários níveis. Já existem câmeras quase invisíveis e celulares que projetam filmes, sendo ainda lenta, mas muito evidente, a escalada de opções que nos próximos anos chegarão ao mercado captador e difusor audiovisual e as infinitas formas com que isso tudo já interage com o social, o cultural, o mental e etc. Frutos da informática aplicada a transformar os agoras em mais do que de fato são? Mundos de ações virtuais cada vez mais presentes em quase tudo hoje. Para um evento como a mfl, estar atento a isto é apenas o mínimo, sendo natural até, visto que apenas existe tal evento por conta destas possibilidades geradas destes encontros de necessidades diversas, como a de se mostrar/pensar filmes feitos sem apoio estatal direto, filmes brasileiros de baixo custo mas muita, muitas qualidades. Como esperado, a tendência é aumentar tanto a quantidade de filmes feitos assim como a qualidade destes, seja em questões técnicas eou estéticas, os filmes livres estão a cada ano mais ousados audiovisualmente.
Em fev/março de 2008... A sétima edição da Mostra do Filme Livre exibirá 280 filmes brasileiros entre curtas e longas realizados em qualquer época, de todos os suportes e gêneros, a grande maioria realizada de forma independente, sem o apoio direto do Estado. O realizador Joel Pizzini e a produtora Plus Ultra, que completa 10 anos de vida, ganharão retrospectivas completas de seus filmes. Durante três semanas e gratuitamente o público participa também de debates relacionados ao audiovisual brasileiro feito de forma independente, punk. Também estão previstas sessões especiais como a “Sexuada”, "Mundo Brasil" e “Invisível”, além de sessões comentadas. Novamente a MFL também acontecerá em diversos pontos do Estado do Rio, através da parceria com a ASCINE, Associação de Cineclubes do Rio de Janeiro. A entrega dos prêmios nas 3 categorias (Filme Livre!, Oficinando e Caríssima Liberdade) será na sessão de encerramento. E pela primeira vez acontecerá em paralelo à MFL a Feira Livre – Feira Audiovisual do Rio, visando iniciar uma rede de contatos e negócios para quem faz e/ou quer exibir filmes independentes, algo sem igual no Brasil. A Mostra do Filme Livre, MFL, é pioneira na aceitação e exibição de filmes de todos os formatos, durações e gêneros, sendo ainda o único evento que aceita filmes realizados em qualquer época. Assim, a MFL é um grande painel de filmes que experimentam caminhos e atalhos na atual linguagem audiovisual, preferencialmente (não excludentemente) filmes feitos sem apoio estatal direto. Além de exibir, debater e premiar os filmes livres que mais se destacaram na opinião da curadoria e do júri, a MFL publica textos sobre os filmes indicados aos prêmios e promove uma série de atividades paralelas, como oficinas e debates. A MFL também integra o Circuito Ascine de Cineclubes, promovendo sessões em diversas regiões do Estado. PODEM PARTICIPAR DA MFL FILMES: (inscrições para MFL 2008 encerradas) FILMES de ESCOLA - realizados em escolas ou oficinas de cinema/vídeo, concorrem numa categoria especial, Oficinando, com direito ao Troféu Filme Livre! e serviços audiovisuais. Os filmes realizados com algum tipo de apoio estatal direto concorrem ao troféu Filme Livre! na categoria Caríssima Liberdade. Para a edição 2008 da MFL se inscreveram 691 filmes, veja AQUI mais infos relativas às inscrições (como UF dos filmes e durações) confira em janeiro, aqui mesmo, a relação dos filmes selecionados. 92% (536 filmes) dos inscritos não tiveram apoio estatal direto na sua realização. Que tal? Félicidades, (A Mostra do Filme Livre (MFL) nasceu há 8 anos no Rio e, desde então, vem sendo também um evento experimental, que se permite inventar, a cada edição, métodos diferenciados em sua curadoria, programação e realização. Exemplos? aceitar filmes de todos os formatos, gêneros e durações, e não bastando isso, filmes de todas as épocas, algo inédito no mundo brasileiro; também a valorização, com prêmios exclusivos, para filmes realizados por própria conta, sem apoio estatal. |
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