Sala de Cinema - Quinta 01/04, 20h - 14 anos

“... que vinte anos não é nada” diz a música. E 25, quase nada? Ou muito pelo contrário. “

É na base da confusão e das contradições daquela época, anos ‘1980 ou da “década perdida”, que acontece a estréia do longa Areias Escaldantes do até então assistente de direção Francisco de Paula. O filme tem vários méritos e um deles é pegar a “geração coca-cola” em sua primeira efervescência e levá-la a uma fantástica viagem policial, com reminiscências noir e forte presença de humor nonsense. Um time formado pelas principais bandas de rock brasileiro dos 1980’s e um elenco de jovens e talentosos atores, advindos de grupos como Asdrúbal Trouxe o Trombone ou seguidores dos Dzi Croquetes, animam e conduzem a trama de uma gangue que assalta bancos e é ferozmente perseguida por um impiedoso corpo policial. Os figurinos deste se assemelham ao de soldados de um exército fascista que, em longas seqüências noturnas, vão à caça da gangue com a característica burrice desse tipo de corporações terceiro-mundistas. Em resumo, Areias Escaldantes é um filme de uma época e que mantém o frescor de uma produção cujo roteiro poderia ter sumido perfeitamente no primeiro dia da filmagem, sem prejudicar de forma alguma essa desopilante aventura de se viver e fazer arte no Brasil dos anos 1980.  Por Dario Gularte

As Andorinhas
RJ , 1991, 8min. , 35mm
A guerra das crianças abandonadas contra os adultos indiferentes.
Roteiro, montagem e direção: Francisco de Paula. Elenco: Dulce Bressani, crianças Ingrid e Camila. Produção executiva: Mariza Figueiredo e Ana Silvia. Direção de Produção: Jussara Precioso. Cenografia: Otto Dumovich. Figurino: Juliana Monteiro. Edição de Som: Nei Fernandes. Música: Ciro Pessoa. Fotografia: Dib Lutfi. Contato : 21 2539-2299 franciscocinema@gmail.com

AREIAS ESCALDANTES
RJ, 1985, 80min., 35mm
Grupo terrorista age na imaginária província de Kali, comandado por uma entidade secreta.
Eles assaltam bancos, seqüestram navios, explodem diplomatas e carros diplomáticos. Para combatê-los, uma Polícia de Elite, que obedece a uma hierarquia por tamanho, à medida que o policial cresce sobe de posto. Nesse cenário frio e chuvoso acontecem situações non sense. São inadimplentes. Alheio, mas cúmplice de todos, um espião tenta desvendar esse mistério.

Direção: Francisco de Paula. Roteiro: Nelson Motta e Francisco de Paula. Produtor Executivo: Paulo Sergio Almeida. Diretor de Produção: René Bittencourt. Direção de Arte: Arturo Uranga. Figurino: Liège Monteiro, Regina Casé e Marta Oliveira. Cenografia: Luiz Zerbini. Som Direto: Cristiano Maciel. Continuísta: Rita Erthal. Maquiador: Amaro Lima. Maquinista chefe: Nilo Sergio Vidal. Eletricista chefe: Edson Virgílio ( Edinho). Efeitos Especiais: Sergio Arena e José Luis Guimarães. Contra-regra: Delanir Cerqueira. Montagem: Amauri Alves, Hercília Cardillo e Jorge Saldanha. Direção Musical: Lobão. Edição de Som: Hercília Cardillo e Nei Fernandes. Diretora Assistente: Liège Monteiro. Fotografia: Antonio Luís Mendes; Elenco: Regina Casé; Luiz Fernando Guimarães, Diogo Vilela, Cristina Aché, Eduardo Roly, Macalé, Sergio Bezerra, Lobão, Titãs, Guará Rodrigues, Sandro Solviatti, Catarina Abdalla, Cris Couto, Claudio Gaya, Paulo Henrique Souto, Breno Moroni, Virginie, Dany Roland, Duse Nacaratti, Lidoca, Mario Dias Costa, Alexandre Costa, Luiz Zerbini e Neville de Almeida. Contato : 21 2539-2299 franciscocinema@gmail.com